O som do silêncio naquela noite invadia os cômodos da casa. Sentada na minha cama e rodeada de livros comecei a pensar que não fazia muito tempo, a casa vivia cheia de gente. Hoje em dia, só os ruídos das madeiras que estão cheias de cupins, além do barulho dos passarinhos que fazem ninhos no teto. – Ainda bem que os pequenos voadores habitam este lugar, já os cupins, preciso tomar coragem para dar um fim neles. Talvez eu chame uma dessas firmas com seus exterminadores de insetos. Porém tenho medo que ao ser aplicado um veneno para matar os cupins, também acabe por matar os passarinhos.- Ah, eu não desejo que meus companheiros desapareçam, eles cantam para mim .- Mas como eu ia dizendo, essa casa era cheia de gente. Crianças corriam por todos os lados. Eu posso ouvir aquelas vozes infantis ressoando na minha memória. – Onde elas estão? Ora, ora, seguiram o curso da vida. Foram viver! E o tempo voou... e eu me recuso a sair dessa casa, também ela está cheia de sons do passado, que só